Padrão de transparência nas relações institucionais
Depois de questionar a
transparência da gestão municipal com a ausência da folha de pagamento da
prefeitura no Portal da Transparência de Bom Jesus do Itabapoana, nesta publicação
temos um clássico exemplo do padrão de “transparência” deste governo nas
relações institucionais, seja com as entidades representativas de classe ou
comunitárias, ou com o poder legislativo o descumprimento legal e as trapaças
de ofício são constantes.
Porém, o presidente do
Sindserv-BJI, Rogério Lima, armou uma “arapuca institucional” e deu o flagrante
no executivo.
A isca escolhida para aplicar o
flagrante nos trapaceiros da prefeita foi um processo que está tramitando no
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e que mesmo com sua fase estando longe do julgamento dos autos, o TCE já aplicou uma multa de quase sete mil
reais na chefa por conta das irregularidades apuradas nas contratações acima do
limite legal, do número desproporcional de cargos comissionados com o quadro
efetivo de servidores além de muitas outras ilegalidades detectadas.
Em reunião na câmara dos
vereadores para discutir um certo projeto de lei que pretendia ceifar a
progressão funcional dos servidores, o presidente do sindicato pediu ao
secretário de administração uma cópia do processo do TCE no qual ele havia utilizado
como alegação para o envio do projeto ao legislativo.
A resposta do secretário Flávio
Caetano foi que ele iria se empenhar para conseguir uma cópia tamanha
dificuldade para ele ter acesso ao processo da corte de contas do estado, depois
desta promessa de empenho para conseguir uma cópia de um processo que o
município responde ao Tribunal de Contas, o presidente do sindicato solicitou
via ofício uma cópia do mesmo processo junto a divisão de auditoria e controle
interno da prefeitura.
Não obstante, logo depois da
promessa do secretário em viabilizar uma cópia do processo, o presidente do
sindicato conseguiu a mesma com o vereador Ricardo Aguiar, e ao ter o processo
em mãos o sindicalista constatou que o secretário de administração éra quem
estava respondendo ao TCE em nome do município o mesmo processo, ficando nítido
que ele MENTIU para o presidente do sindicato, na condição de representante dos
servidores efetivos, para o presidente da câmara que se fazia presente na reunião,
e outros vereadores da oposição e da base governista.
Como se o fato acima narrado fosse suficiente para
achincalhar com as relações institucionais imposta pelo executivo, a resposta
da chefia da divisão de auditoria e controle interno foi tão trapaceira como a
mentira do secretário de administração.
Ela enviou ao sindicato via ofício uma cópia do processo do TCE contendo um pouco mais de SESSENTA PÁGINAS, sendo que o processo entregue por
Aguiar ao presidente do sindicato conta com quase QUATROCENTAS PÁGINAS.
Confira no vídeo abaixo os fatos
acima narrados no pronunciamento de Rogério Lima.
Diante o acima exposto, deixo
para a reflexão dos internautas e cidadãos que acompanham o noticiário
político de Bom Jesus do Itabapoana se aquela matéria do G1 condiz com a
realidade dos fatos em nossa gestão pública?
Para termos uma ideia de quanto
surreal foi esta notícia, o secretário de administração compartilhou a mesma em sua página no Facebook no
dia 25 de maio de 2015 as 21:17 h, e até o momento que escrevo esta matéria
(27/05/2015 as 22:27 h), o compartilhamento da grande notícia conta com apenas seis
curtidas, sendo que uma dessas foi o próprio secretário que curtiu o que ele
mesmo compartilhou, nem os pelegos da teta 15 acreditaram em tamanho absurdo.
Bastando recapitular que
inicialmente abordei o fato de no Portal da Transparência da prefeitura temos
disponível somente 48% o orçamento municipal para acessarmos os gastos
públicos, e agora neste episódio do processo do Tribunal de Contas com a tentativa
de sonegação e supressão de documento público por dois agentes políticos com agravante de ambos serem servidores concursados jogando contra os interesses de toda classe que eles mesmos fazem parte. Que
transparência é essa?
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