“São muitos erros na execução do projeto”. Entrevista com Dr. Moacir Muniz

Na tarde de quarta-feira (01/10) tive a oportunidade de entrevistar o advogado bom-jesuense, Doutor Moacir Muniz, e o tema da entrevista foi a ponte que está sendo construída no Valão Soledade atrás do Tênis Clube.

Sua residência está localizada ao lado da ponte, e o que ele me relatou não deixa a menor dúvida que o poder legislativo tem que apurar a fundo sobre os erros primários contidos na execução da obra desta ponte.

Inicialmente ele relatou que há três semanas o marido da prefeita esteve no local da obra junto com um engenheiro contratado pela prefeitura para verificar alguns questionamentos pontuados pelos moradores, ficando o primeiro “porém” com o fato do marido da prefeita, que não exerce nenhum cargo público interceder com moradores acerca de problemas de uma obra pública.

Depois desta “visita técnica” do ex-secretário de obras, o doutor Moacir me relatou que ele se reuniu no local da obra com outros moradores das proximidades, com a proprietária da empresa responsável pela execução da obra, além da engenheira responsável pela mesma.

E o inaceitável ocorreu com o descontrole emocional da engenheira com os questionamentos chegando ao ponto dela agredir verbalmente e com termos de baixíssimo calão os moradores que estavam presentes, ela chegou a adjetivar o Doutor Moacir Muniz como “advogado de merda”, segundo ele próprio relatou.

Ele fez questão de salientar que a proprietária da empresa teve uma conduta exemplar diante o descontrole da engenheira contratada, e que ele não tem absolutamente nada contra qualquer pessoa envolvida neste caso, e somente defende que esta obra tem que ser apurada pelas condições que ela está sendo construída frente ao valor que será pago pelo município.

Além dos pontos que eu havia questionado na reportagem veiculada no Portal da Cidadania, ele ainda observou que a rua de sua residência sempre fica alagada com as fortes chuvas de temporada, lembrando ainda que a antiga ponte era de uma estrutura menos espeça e no mesmo nível da rua, facilitando o escoamento da água da chuva para o valão, e mesmo assim a rua ficava alagada.

Agora com esta ponte de alvenaria muito mais espeça que a antiga ponte, e com o agravante dela ter ficado muito acima do nível da rua e somente com os dois bueiros pequenos como estão sendo construídos, a retenção de água da chuva se torna preocupante.

Outro ponto que ele observou é o péssimo acabamento da obra ficando nítido o desnivelamento da ponte, ressaltando também que a questão de acessibilidade foi completamente esquecida, bastando observar que as duas rampas estão na direção dos bueiros e a larguras dos passeios é bem menor do que a necessária para uma cadeira de rodas transitar.

Finalizando os relatos sobre as polêmicas envolvendo a construção desta ponte, ele relatou a absurda situação de que a empresa para preparar o concreto teve que utilizar a energia elétrica da residência do próprio Doutor Moacir em um primeiro momento, e depois utilizou a energia elétrica de outro vizinho, o motivo recai sobre a suspeita da empresa ter tido o fornecimento de energia elétrica suspensa pela Ampla por inadimplência.


As condições em que se encontra a obra da ponte com este inusitado e inaceitável fato da empresa que executou uma obra pública ter tomado “emprestada” a energia elétrica dos cidadãos que residem ao lado da ponte construída demonstra a latente falta de estrutura da empresa contratada, e nos leva a uma inevitável e profunda apuração do poder legislativo neste projeto recheado de suspeitas.

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