As crateras da RJ 230 | Um tumor silencioso avança sob o asfalto remendado

Ao passo que a ponte de Calheiros tem sua obra levada a toque de caixa, na primeira cratera aberta em 2010 na RJ 230 próximo a Rosal tem sido alvo de seguidas intervenções paliativas por autoria da equipe de contratados do DEER. 

São diversas aplicações de camadas de asfalto por cima de rachaduras que surgiram, e para alerta geral, elas continuam surgindo.

Em inspeção realizada no neste fim de semana observei que dentre as intervenções uma me chamou a atenção para um canal de escoamento de água de chuva direto ao curso onde temos duas nascentes que são precariamente canalizadas por baixo da rodovia em uma manilha de pequena vazão e de formato cilíndrico, o que não seria recomendado para passagem pluvial.

Mesmo com a temporada da estiagem no ápice podemos observar que as nascentes permanecem correndo por baixo da rodovia mantendo a canaleta de concreto sempre úmida, imaginam no período das chuvas como pode aumentar o volume de água.

O recomendável para este trecho da rodovia é a construção de uma ponte deixando a passagem de toda água escoada e da corrente das nascentes tenha espaço suficiente sem comprometer a estabilização do solo.

Observem que ao lado de onde já tem duas camadas de remendo de asfalto encobrindo rachaduras, surge uma nova rachadura exatamente em cima da manilha que recebe o fluxo das duas nascentes e da água de chuva canalizada recentemente, é evidente a existência de um processo de perda de solo.

Se estamos diante de um possível processo de perda de solo é prudente avaliar que ficar encobrindo rachaduras com camadas e mais camadas de asfalto, o volume gerado pela massa asfáltica em cima das rachaduras poderá acelerar o processo de perda de solo e a necessidade de uma avaliação técnica e independente dos interesses do governo do estado é latente e urgente.


Os rosalenses já sofreram mito com os problemas estruturais da RJ 230, e o poder público em todas as esferas tem a obrigação de prevenir problemas como os que ocorreram entre 2010 e 2014.

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