O fracasso das UPP’s reflete no interior do estado e escraviza policiais

O governo do estado fez das UPP’s a grande vitrine publicitária para atrair e tranquilizar o grande público internacional para os grandes eventos esportivos de 2014 e 2016. Mais ainda foi a exploração política deste projeto perante a opinião pública para nas eleições de 2010 e 2012.

Mas o governo de tão desorganizado e incompetente, não conseguiu fazer deste “revolucionário” programa de segurança pública algo que fosse realmente consolidado. 

Foram muitos os reflexos negativos proporcionados pelas UPP’s, que inicialmente se destacou na migração do crime para cidades como Niterói e São Gonçalo, e depois se alastrando pelo norte com destaque em Macaé, e no noroeste fluminense no qual praticamente todas as cidades tem sido vitimadas pela crescente violência.

Outro reflexo curioso observado está na supervalorização imobiliária nas comunidades pacificadas, em que os antigos inquilinos que residiam nas mesmas, estão se mudando para novas favelas que estão surgindo na região metropolitana do Rio de Janeiro, e o problema da violência e do abandono do poder público apenas muda de endereço.

Desde 2013 que o mais novo reflexo negativo das UPP’s tem se concentrado nos constantes ataques e assassinatos de policiais lotados nas unidades pacificadoras, o que demonstra que a tomada do território não foi tão efetiva como se pensa o secretário de segurança do estado. 

Até o caso de uma “Maria UPP” veio à tona na semana passada, em que uma mulher tarada em policiais tem frequentado as unidades pacificadoras para promover momentos de diversão para os policiais de plantão. Já pensou se o tráfico começa a recrutar centenas de “Marias UPP’s” para divertirem os policiais?

E o mais grave de todos os reflexos circulou em uma reportagem no portal de notícias do “Extra” no dia 10 de abril de 2014, em que relata que policiais de Itaperuna estão remanejados em unidades de polícia pacificadoras na capital, e que eles não conseguem retornar para sua cidade de origem nas folgas, e que eles não tem onde ficar no Rio de Janeiro. 
Tendo que um deles depender do familiares, e o outro dorme na própria unidade, sem cama, só colchonete.

Esta notícia retrata que a secretária estadual de segurança pública não teve o menor planejamento para a instalação das unidades pacificadoras, deixando o noroeste fluminense mais desprotegido do que já é, e viola descaradamente os direitos trabalhistas e até mesmos direitos humanos dos policiais que são vitimados pela desorganização do estado.


A cereja do bolo do fracasso das UPP’s veio com o pedido de socorro do governo do ao estado ao governo federal clamando pelas forças de segurança nacional para controlar a situação no Complexo da Maré. 
O que somente nos deixa claro que o governo se norteia pelo improviso, deixando um pedido de socorro à União com menos de noventa dias para o inicio da Copa do Mundo.

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